quinta-feira, 26 de abril de 2012


Novas evidências indicam que a meditação fortalece o cérebro

Atualizado em  15 de março, 2012 - 17:50 (Brasília) 20:50 GMT
Foto: BBC
Pesquisadores dizem que meditação permite processamento mais rápido de informações
Pesquisadores americanos descobriram mais evidências de que meditar fortalece o cérebro.
Estudos anteriores feitos pela Universidade da Califórnia (UCLA), nos Estados Unidos, já haviam sugerido que meditar durante anos torna o cérebro mais espesso e fortalece conexões entre células cerebrais.
As novas pesquisas feitas pela mesma equipe californiana revelaram ainda mais benefícios associados à prática. Os resultados foram publicados pela revista Frontiers in Human Neuroscience.
O cientista Eileen Luders e seus colegas do Laboratory of Neuro Imaging da UCLA dizem ter encontrado indícios de que pessoas que meditam durante muitos anos têm quantidades maiores de dobras no córtex cerebral do que pessoas que não meditam. Isso poderia acelerar o processamento de informações.
A equipe também encontrou uma relação direta entre a quantidade de dobras e o número de anos durante os quais a pessoa meditou.
Isso pode talvez ser mais uma prova da neuroplasticidade do cérebro - a habilidade do órgão de se alterar, ou se adaptar, em resposta a estímulos externos.

Córtex

O córtex é a camada externa do cérebro e tem papel fundamental na memória, atenção, pensamento e consciência.
Os dobramentos corticais são o processo pelo qual a superfície do cérebro se altera para criar sulcos e dobras. Sua formação pode promover e melhorar os processos nervosos.
Presume-se, portanto, que quanto mais dobras se formam, maior a capacidade do cérebro de processar informações, tomar decisões e formar memórias.
"Em vez de simplesmente comparar pessoas que meditam com as que não meditam, queríamos ver se havia uma relação entre a quantidade de prática da meditação e o grau de alteração do cérebro", disse Luders. "Quer dizer, associar o número de anos de meditação com a incidência das dobras".

Testes

Os pesquisadores fizeram exames de ressonância magnética em 50 praticantes de meditação - 28 homens e 22 mulheres. Esse grupo foi comparado a outro, de não praticantes, com idade e sexo equivalentes.
Os praticantes haviam meditado em média 20 anos. Os tipos de meditação eram variados, entre eles, Zen e Vipassana.
A equipe disse ter encontrado grandes diferenças na incidência das dobras em participantes que praticavam meditação.
Para os pesquisadores, a revelação mais interessante foi a correlação positiva entre o número de anos de meditação e a quantidade de dobras, especialmente em uma estrutura do cérebro conhecida como ínsula.
Sabe-se que essa estrutura está associada às emoções humanas. E que lesões na ínsula podem resultar em apatia, perda de libido e alterações na memória.
"Talvez (a descoberta) mais interessante tenha sido a relação positiva entre o número de anos de meditação e a quantidade de dobramentos insulares".

Emoção e raciocínio

Luders mencionou estudos anteriores que indicam que a ínsula funcionaria como um integrador entre a emoção e o raciocínio.
"Pessoas que meditam são conhecidas por serem mestras em introspecção e consciência, assim como em controle emocional e autorregulação, então os resultados fazem sentido - quanto mais tempo alguém medita, maior a a incidência das dobras na ínsula".
Luders adverte que fatores genéticos e ambientais podem ter contribuído para os efeitos observados.
Ainda assim, "a relação positiva entre as dobras e o número de anos de prática dá suporte à ideia de que a meditação aumenta a incidência das dobras".

quarta-feira, 25 de abril de 2012



Escalda-pés

Venho falar de um assunto muito antigo e gostoso. Natural e sem contra-indicações. É o escalda-pés. Esta receita tão simples e tão relaxante para o fim do dia não requer nem 5 minutos para o preparo.

Tenho usado há muito tempo e quando uma amiga tristinha veio em casa, resolvemos fazer isso juntas, o que acabou melhorando seu humor e revelando para minha amiga uma novidade, mas como ela não conhecia, pensei que talvez alguém pudesse também não conhecer, por isso escrevo.

Pegue uma bacia, não precisa ser como essa da foto, alguma que você tenha onde caibam seus pés. Na verdade o ideal seria uma bacia funda, mas não é por isso que você vai deixar de fazer...

Ferva água e coloque no recipiente água e duas colheres de sal grosso, experimente a água pra ver se não está muito quente. Na verdade o calor deve estar "quase insuportável" o bom escalda-pés deve ser mesmo bem quente.

Mantenha os pés ali até a água ficar morna - quase fria e então seque os pés com toalha, mantenha o chinelos por perto e procure não perder esse calor andando descalço após. Mantendo seu corpo aquecido.

Esse procedimento facilita o sono, energiza a sola dos pés e traz calor para o corpo, muito indicado para quem tem dores de cabeça devido à tensão, e para um relaxamento profundo.

Um beijo

Marcela
Bom dia a todos!



Estou me deliciando com este livro ótimo! Recomendo. (disponível nas melhores bibliotecas).

O Medo
Em verdade temos medo.
Nascemos no escuro.
As existências são poucas;
Carteiro, ditador, soldado.
Nosso destino, incompleto. 


E fomos educados para o medo.
Cheiramos flores de medo.
Vestimos panos de medo.
De medo, vermelhos rios
Vadeamos. 


Somos apenas uns homens e a natureza traiu-nos.
Há as árvores, as fábricas,
Doenças galopantes, fomes. 


Refugiamo-nos no amor,
Este célebre sentimento,
E o amor faltou: chovia,
Ventava, fazia frio em São Paulo. 


Fazia frio em São Paulo...
Nevava.
O medo, com sua capa,
Nos dissimula e nos berça. 


Fiquei com medo de ti,
Meu companheiro moreno.
De nos, de vós, e de tudo.
Estou com medo da honra. 


Assim nos criam burgueses.
Nosso caminho: traçado.
Por que morrer em conjunto?
E se todos nós vivêssemos? 


Vem, harmonia do medo,
Vem ó terror das estradas,
Susto na noite, receio
De águas poluídas. Muletas 


Do homem só.
Ajudai-nos, lentos poderes do
Láudano.
Até a canção medrosa se parte,
Se transe e cala-se. 


Faremos casas de medo,
Duros tijolos de medo,
Medrosos caules, repuxos,
Ruas só de medo, e calma. 

E com asas de prudência 

Com resplendores covardes,
Atingiremos o cimo
De nossa cauta subida. 


O medo com sua física,
Tanto produz: carcereiros,
Edifícios, escritores,
Este poema,
Outras vidas. 


Tenhamos o maior pavor.
Os mais velhos compreendem.
O medo cristalizou-os.
Estátuas sábias, adeus. 


Adeus: vamos para a frente,
Recuando de olhos acesos.
Nossos filhos tão felizes...
Fiéis herdeiros do medo, 


Eles povoam a cidade.
Depois da cidade, o mundo.
Depois do mundo, as estrelas,
Dançando o baile do medo.


quarta-feira, 18 de abril de 2012