sexta-feira, 3 de abril de 2015

Um dia desses...


"Cotidiano vil embrutece o paulistano lentamente aponto de chegar no ônibus contente e murchar o semblante ao ver todos ali sisudos cinza-escuro, pálido-marrom, não-chegue-perto-que-não-aguento-mais reinante nos coletivos de fumaça da metrópole, metrôs lotados"... Cansada dessa narrativa interna e externa que grita em silêncio sentei-me.

Olhei cuidadosamente pra esse bordão acima entre aspas no texto da minha mente - repetidaMENTE - resolvi pôr à prova a velha máxima SO HAM (eu sou isto). Se sou isto e você também tudo pode a qualquer hora ser melhor que esse cinza, pode ser azul turquesa, rosa do Cairo, verde limão. Um exercício interessantíssimo começou em mim: imaginar de verdade, todos os seres ali poderiam sorrir a qualquer momento, eles eram como BOMBAS-RELÓGIO DE GARGALHADAS, bastasse um gesto estranho, uma lembrança velha, uma mensagem de celular, um vesgo olhar, um tombo ridículo, um palhaço engraçado, um letreiro escrito errado, um conhecido entrando no coletivo...

Aquele exercício se deu numa fração de segundo dentro de mim e foi um rio jorrando água boa no meu rosto, que alegria ter esse exercício sempre comigo, tomara que eu consiga lembrá-lo numa reunião difícil tê-lo comigo, numa batida de carro leve, tê-lo comigo, numa discussão por aquela bobeira passageira ou grave, tê-lo comigo, quero guardar esse exercício amigo. 

Agora você já o tem também! Vamos pro trem?

Com alegria,
Marcela Maia
www.aguavivayoga.com

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